A partir de hoje, o Fatos Regionais passa a destacar a história de pessoas que dão nome a logradouros públicos (Ruas, avenidas, praças e prédios públicos) em Água Clara, em Três Lagoas e também em outros municípios da região os quais são alcançados pelo site. O objetivo é fazer com tais personalidades sejam conhecidas da população e também visa resgatar a história e mostrar quem são seus familiares que ainda vivem. Também poderão ser retratadas nesta coluna, curiosidades em geral ligadas aos municípios que não estejam ligadas à memória ou à história, mas que tenham alguma relevância, ou não.

Começaremos com Luciano Silvério de Oliveira, patrono da primeira escola municipal de Água Clara e também uma das mais conhecidas. Centenas de alunos estudam nesta escola, mas certamente são pouquíssimos os que conhecem a sua biografia.

Criada por meio do decreto nº 246/93 de 17 de março de 1993, na gestão do prefeito José Rodrigues, a escola recebe o nome de Luciano Silvério de Oliveira, em homenagem ao inspetor de alunos, nascido em Água Clara, que morreu vítima de Septicemia gastroenterite aguda (conforme consta de seu atestado de óbito), aos 22 anos de idade, naquele mesmo ano.O projeto de denominação da escola foi de autoria do vereador à época, Antônio Donizete Lino.

Luciano, que sofreu por cercaa de sete meses com a doença, completaria 50 anos de idade em 2021. Ele foi funcionário na escola estadual Marechal Castelo Branco, cedido pelo município.

Para conhecer mais sobre a história de Luciano Silvério de Oliveira, o Fatos Regionais conversou Cleonice Fátima de Oliveira Gomes, uma de suas irmãs, que mora no centro velho de Água Clara. Luciano é filho de Abelo Ferreira de Oliveira – saudoso ferroviário que também é homenageado com o nome em uma importante Rua de Água Clara – e Izordina Silvério de oliveira. O casal teve dez filhos, sendo seis mulheres e quatro homens, sendo que cinco estão vivos.

Conforme relatos de Cleonice, Luciano vivia sempre alegre, gostava de crianças, amava passarinhos e plantas. “O seu único vício, era jogar bola”, conta a irmã. “Não tinha ninguém que não conhecia ele na cidade”, relata afirmando que a família sente muito orgulho pelo reconhecimento em batizar a escola com o nome de Luciano.

A escola

Já na gestão do prefeito Ésio Matos, em 1997 a escola ganhou mais 14 salas de aula para que fosse possível o funcionamento do ensino fundamental em seus anos iniciais e finais, atendendo a demanda quanto ao aumento de matrículas, sendo todas as salas amplas e confortáveis.

O Ginásio de Esportes daquela unidade de ensino teve a área desapropriada pelo prefeito Tupete, que deixou toda a papelada encaminhada para construção e a obra foi executada pelo prefeito Silas José, por meio de emenda do deputado Antônio Carlos Biffi, que liberou também recursos para a reforma da escola.

A escola conta com três turnos que atendem desde o primário até o fundamental e no noturno oferece o EJA (Educação de Jovens e Adultos), que contribui para a formação dos docentes que precisam trabalhar ou que por algum motivo não terminaram seus estudos.