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Mc Rumozinho, cantor de funk de Água Clara quer mostrar que em MS não tem apenas música sertaneja

Cantor mora no Jardim Aeroporto, em Água Clara

26 de abril de 2021 Retratos da Cidade
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O nome dele é Marcelo Henrique, 17 anos, mas adotou o nome artístico de “Mc Rumozinho”, cantor de funk natural de Água Clara, que ontem (30) divulgou a sua primeira música em seu canal no YouTube, no seguinte endereço: https://youtu.be/iqwIGActfo0. O jovem trabalha com o funk consciente, de uma maneira que até os mais velhos possam ouvi-lo. Atualmente Rumozinho está desempregado, mas até recentemente trabalhava construindo cerca em uma fazenda, função “nada a ver” com a vida de funkeiro. “Tava lá [na fazenda] porque não tá fácil pra ninguém”, explicou em tom de brincadeira. “Eu quero mostrar que o MS não é só sertanejo”, completa.

Morando com uma tia – que considera como mãe - desde pequeno, o artista iniciante conta que teve uma vida não muito boa, mas que sonha em ganhar o mundo através da sua arte.

Seu sonho é chegar num lugar e ser conhecido, “não por ser um funkeiro, mas sim como um cara que soube representar seu estado e sua cidade”. Almeja também poder ajudar o próximo. O funk já faz parte de sua vida desde ‘muleke’, só que ele não contava pra ninguém.

E o funkeiro prossegue: “Pretendo fazer vários show, porque gosto muito de cantar; só queria que as pessoas me dessem mais oportunidade”.

Sua meta, “se tudo der certo e Deus ajudar”, é viver exclusivamente da música. Rumozinho tem como inspirações o Sabotagem, o Mc Daleste, o Mc Livinho e o Mc Neguinho do Caxeta, entre outros.

Discriminação

Morador do Jardim Aeroporto, em Água Clara, fala também sobre a discriminação a que são vítimas os funkeiros no Brasil. Considerando que é grande o preconceito, desabafa: “tem pessoas mais nova que gostam e tem quem não gosta; tem também pessoas mais velhas que gostam e outras não; então eu não posso julgar a todos que gostam de funk, mas para algumas pessoas, quem escuta funk já é ladrão, bandido”.

Por causa disto, pede para que quando se falar em funk consciente, que as pessoas parem para ouvir a letra, porque é a letra que possibilita entender a música, “pois não se julga um livro pela capa”, filosofa.



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