O nome dele é Marcelo Henrique, 17 anos, mas adotou o nome artístico de “Mc Rumozinho”, cantor de funk natural de Água Clara, que ontem (30) divulgou a sua primeira música em seu canal no YouTube, no seguinte endereço: https://youtu.be/iqwIGActfo0. O jovem trabalha com o funk consciente, de uma maneira que até os mais velhos possam ouvi-lo. Atualmente Rumozinho está desempregado, mas até recentemente trabalhava construindo cerca em uma fazenda, função “nada a ver” com a vida de funkeiro. “Tava lá [na fazenda] porque não tá fácil pra ninguém”, explicou em tom de brincadeira. “Eu quero mostrar que o MS não é só sertanejo”, completa.
Morando com uma tia – que considera como mãe - desde pequeno, o artista iniciante conta que teve uma vida não muito boa, mas que sonha em ganhar o mundo através da sua arte.
Seu sonho é chegar num lugar e ser conhecido, “não por ser um funkeiro, mas sim como um cara que soube representar seu estado e sua cidade”. Almeja também poder ajudar o próximo. O funk já faz parte de sua vida desde ‘muleke’, só que ele não contava pra ninguém.
E o funkeiro prossegue: “Pretendo fazer vários show, porque gosto muito de cantar; só queria que as pessoas me dessem mais oportunidade”.
Sua meta, “se tudo der certo e Deus ajudar”, é viver exclusivamente da música. Rumozinho tem como inspirações o Sabotagem, o Mc Daleste, o Mc Livinho e o Mc Neguinho do Caxeta, entre outros.
Discriminação
Morador do Jardim Aeroporto, em Água Clara, fala também sobre a discriminação a que são vítimas os funkeiros no Brasil. Considerando que é grande o preconceito, desabafa: “tem pessoas mais nova que gostam e tem quem não gosta; tem também pessoas mais velhas que gostam e outras não; então eu não posso julgar a todos que gostam de funk, mas para algumas pessoas, quem escuta funk já é ladrão, bandido”.
Por causa disto, pede para que quando se falar em funk consciente, que as pessoas parem para ouvir a letra, porque é a letra que possibilita entender a música, “pois não se julga um livro pela capa”, filosofa.