Em Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e região, quando o nome Jehú é mencionado, logo vem à mente alguém que prestou e presta grande contribuição à música, tanto evangélica quanto na secular, especificamente, as bandas e fanfarras. O primeiro a deixar sua marca foi Jehú Vieira, que teve uma vida dedicada à música, sobretudo, na abertura de bandas marciais e também como compositor e músico gospel. Na sequencia veio seu filho Jehú Lucas, 21 anos que, igualmente, atuou e atua nos dois segmentos: banda marcial e trabalho evangélico.
Jehú pai se aposentou, depois de ser acometido por uma diabetes, já o seu descendente está na ativa, como professor de música da Escola Cecília Meirelles, em Água Clara. A mãe, Rosângela Inês Borges Serrado, 46 anos, também é ligada à música, bem como a filha, que sempre cantou na Igreja.
Jehú pai
Jehú Vieira Serrado, 62 anos, começou a trabalhar na Banda da Mirim de três Lagoas, a famosa Banda Marcial Cristo Redentor. Foi maestro da Fanfarra Simples e banda Gilberto Fogaça em Ribas do Rio Pardo, muito conhecida em todo o Estado, e detentora de vários títulos. A banda foi inaugurada por Jehú em 1991.
Aqui em MS, Jehú idealizou um projeto para resgatar crianças de diversas situações de vulnerabilidade, como da escravidão dos adolescentes nas carvoarias que existia em Ribas e também levou a música a vários estados.
Como compositor evangélico, tem mais de 500 letras de música, tendo vários cantores gravado seus hinos.
Jehú também formou várias fanfarras, entre as quais, da escola Maria Eulália Vieira, em Três Lagoas, a Gilberto Fogaça e Banda Izaura Días Dos Santos, em Água Clara MS. Em outras cidades trabalhou na Banda e Guarda Mirim de Glória de Dourados, de Bandeirantes, de Jaraguari, de Brasilândia, de Inocência e de Andradina (SP).
Ainda fez parte da Federação de Bandas e Fanfarra de Campo Grande e foi campeão no Estado de Mato grosso do Sul por nove vezes consecutivas, além de participar de concurso nacional por quatro anos, em São Paulo.
Em Goiânia, ficou em segundo lugar Nacional com a Fanfarra simples Gilberto Fogaça de Ribas do Rio Pardo. “Era uma sequência de apresentações que perdemos a conta”, destaca.
E foi através de todas estas apresentações que Jehú Vieira adquiriu Diabetes Emocional. Hoje ele está aposentado e faz tratamento de hemodiálise três vezes por semana em Três Lagoas. Mas tudo isso que aconteceu, segundo relato de sua esposa, devido à grande responsabilidade de levar os compromissos a sério.
“Mas o mais importante que o nosso Deus tem estado presente em tudo nas nossas vidas. Ele e fiel”, finaliza.
Jehu Filho
Jehú Lucas, 21 anos, casado e pai de uma filha, é nascido em uma família que já tinha como profissão a música. “Tudo que sei aprendi com meus Pais”, diz o jovem que, com oito anos de idade se apaixonou pelo trompete - instrumento musical de sopro, da família dos metais -, o qual começou a estudar e é seu instrumento de estudo até hoje.
Já a interpretação de partituras, aprendeu com a mãe, que considera uma excelente professora. Aos nove anos executou o Hino Nacional sozinho tocando trompete na solenidade do hasteamento de Bandeiras no aniversário de água Clara. Com 10 anos escreveu sua primeira partitura para a Banda Marcial em que seu pai estava como maestro fundador, que é a Banda Marcial Isaura Dias dos Santos de Água Clara.
Aos 12 anos foi convidado para ajudar na formação de uma Banda Marcial na cidade de Bandeirantes, onde trabalhou com um amigo e ex-integrante da Fanfarra Simples Gilberto Fogaça de Ribas do Rio Pardo.
“Por ali ainda ajudei como instrutor e até como maestro por mais de dois anos”, conta. Na sequência, fez parte da Banda Marcial Cristo Redentor como trompetista em Três Lagoas, onde ficou por quatro anos sob a regência do Maestro Relíquias. Ainda em Três Lagoas, trabalhou na estruturação da orquestra evangélica da Igreja Assembleia de Deus Ministério Ipiranga, no ano de 2016.
Em 2017, já na atual administração do prefeito Edvaldo Alves Queiróz, o Tupete, em Água Clara, deu continuidade ao trabalho de seu Pai na Banda Marcial Isaura Dias dos Santos, onde permaneceu por dois anos. Atualmente é professor de música na Instituição de Ensino Cecilia Meireles sob a direção de Adriana Passara e Júnior Batista Marim.