Se a Guavira tem sido a bola da vez em Água Clara e região, o Pequi não fica atrás. O diferencial, é que esse fruto, típico do cerrado brasileiro, não dá em abundância por aqui. Então de onde vem tanta fartura, que pode ser vista aos montes sendo vendidas pelas ruas da cidade nesta época do ano? De Minas Gerais, uai!

Se não tem aqui. Traz-se de fora, de onde o Pequi “é mato”. E é isso que o Recanto do Mineiro faz. Traz de Minas Gerais, mais precisamente, de Jequitaí, mais ou menos perto de Montes Claros, terra de onde veio Adines Barbosa Oliveira, mais conhecido por Mineiro.

Na tarde desta segunda-feira (16), Mineiro fazia parte de um mutirão de, pelo menos, sete voluntários que se reuniram para descascar nada menos que 150 sacas de Pequi, recém-chegadas à cidade. E essa não foi a primeira leva. A venda média, por semana, é de 250 sacas, em Água Clara e também e em Ribas do Rio Parto, para onde vai uma camionete.

É comum ver também vendedores de Pequi de Goiás, tão tradicional quanto o mineiro. Questionado sobre qual é o melhor produto, obviamente, Mineiro puxou para a brasa para sua sardinha, pois diz que em Minas o fruto é colhido no chão, já maduro. Já em Goiás, segundo ele, colhe-se no pé, ainda verde, levando-o a amadurecer à força.  Isto, segundo ele, compromete o sabor.

O Pequi vendido na cidade, segundo Mineiro, é exclusivamente, para o consumo, no arroz ou no frango, preferencialmente. Não se tem o hábito de fazer licor ou azeite, o que afirma ser comum em Minas.

Serviço: O Pequi do Recanto Mineiro é vendido por 50 reais o saco, em casa, ou uma jarra, descascada, por R$ 15.