Acionados pela Central de Operações, por volta de 21h30 desta quinta-feira (7), policias do 3º Pelotão da Polícia Militar de Água Clara compareceram à uma boate na Rua Gabriel Alves, no Jardim Nova Água Clara, para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo.
Com a chegada da guarnição, os frequentadores que ali estavam informaram que o homem que efetuou o disparo estava de camisa branca na boate de esquina, que faz frente para a BR-262.
Utilizando a técnica de fatiamento tático, foi realizada a invasão no estabelecimento, onde havia uma mesa aos fundos e quatro pessoas sentadas ao seu redor, sendo duas mulheres e dois homens, um de jaqueta preta e outro de camisa verde.
Em superioridade numérica e com a presença rápida da equipe, foi dado início à verbalização, tendo sempre os suspeitos na mira. Os policiais solicitaram ao homem de jaqueta preta que levantasse e ficasse de costas com a mãos sobre a cabeça. Este, porém ofereceu resistência ativa, continuando com a utilização do uso diferenciado da força, um dos policiais aproximou-se, com cautela, utilizando a força contra o suspeito colocando-o de pé para efetuar a busca pessoal.
Com a busca rápida, retirou a arma que ele carregava na cintura entregando-a para o chefe de equipe. A arma em questão, é um revólver marca W.S calibre 38, aparentemente com o cano de seis polegadas, com seis munições em seu tambor, contendo uma deflagrada.
Devido ao flagrante delito, o homem afirmou ser membro de uma facção criminosa e durante a utilização da técnica de imobilização por uso de algemas, ele ofereceu resistência, fazendo com que a pulseira do policial rompesse, caindo no chão.
Após esse fato, o suspeito foi colocado no camburão. Durante entrevista com testemunhas, uma frequentadora da boate passou a relatar que o homem chegou no bar e começou a ameaçar os clientes que estavam à mesa, exibindo uma arma em sua cintura.
Na sequência, foi para o interior da boate e sentou-se em outra mesa com outras mulheres. Ainda assim, continuou ameaçando a todos.
Os demais frequentadores, incomodados com a situação, começaram a discutir com o acusado, que saiu do bar e efetuou um disparo de arma de fogo na direção dos frequentadores do bar. Posteriormente, correu para um bar na esquina. Na sequência, o homem foi conduzido para o hospital local com a finalidade de sujeitá-lo ao exame de corpo de delito.
Como havia várias pessoas em frente ao hospital, o homem aproveitou-se do momento em que o camburão foi aberto e começou a gritar, passou a algema para frente, colocando em risco a integridade física da equipe policial. Além disso, desferiu chutes contra a grade de ferro do camburão, e disse para um dos soldados que ele “é um merda” e que "não ia aguentar na porrada". Com a nova resistência, o homem, em estado de agitação, chutou novamente a grade de ferro, que acabou atingindo sua face.
Com isso, foi necessário o exame de corpo de delito, antes de leva-lo a Delegacia de Polícia. Apesar de ser cientificado de que deveria ficar em silêncio no interiro do hospital, para a realização do exame em respeito aos enfermos, o homem - aproveitando que havia outras pessoas em sua volta - começou a agredir com palavras o policial, que ficou fora do Hospital, chamando-o de "desgraçado" e "filho da p...", ameaçando-o ainda de sequestrar sua filha, e sua família.
Tal fato foi presenciado pelo médico que assinou o exame de corpo de delito, pontuando o ocorrido. No exame, o médico atestou a ofensa à integridade corporal em sua face, onde o homem afirmou ter se auto-lesionado quando descia do camburão.
Com o fim do trabalho, os policiais deslocaram até a Delegacia de Polícia para elaborar o boletim de ocorrência.