A Suzano, maior produtora mundial de celulose de mercado e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, anunciou na sexta-feira (27) um conjunto de projetos que ampliará a capacidade instalada de produção e aumentará a eficiência operacional da companhia. Serão investidos R$ 650 milhões na construção de uma fábrica de papel Tissue a ser instalada no município de Aracruz (ES). No mesmo local, a Suzano desembolsará R$ 520 milhões na substituição de uma caldeira de biomassa em um de seus maiores complexos fabris de produção de celulose. Além disso, a empresa destinará R$ 490 milhões a um projeto para ampliar a oferta de celulose fluff na Unidade Limeira (SP).
O investimento total de R$ 1,66 bilhão, anunciado junto à divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2023, está alinhado às avenidas estratégicas de negócio da Suzano e reforça o compromisso da companhia em adequar constantemente suas operações à demanda dos mercados brasileiro e global.
“A competitividade da Suzano na produção de papéis sanitários e de celulose Fluff e o crescimento desses mercados no longo prazo, fruto da mudança nos hábitos de consumo, fundamentam a estratégia de fortalecimento da nossa presença nesses segmentos. Somos líderes no mercado brasileiro de papéis higiênicos e pioneiros na produção de celulose Fluff a partir do eucalipto, por isso precisamos estar sempre prontos para atender nossos clientes”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.
O papel Tissue é utilizado na confecção de itens de higiene e limpeza como papel higiênico, guardanapo, papel toalha e lenços umedecidos. Já a celulose Fluff é a matéria-prima de produtos absorventes e de higiene pessoal como fraldas infantis e adultas, absorventes femininos e tapetes para pets. As novas produções de Fluff e Tissue estarão disponíveis ao mercado até o final de 2025 e no primeiro trimestre de 2026, respectivamente, e adicionarão 340 mil toneladas de Fluff e 60 mil toneladas de Tissue à capacidade da Suzano.
O terceiro investimento anunciado pela Suzano representa mais uma etapa do processo de modernização da Unidade Aracruz. A nova caldeira de biomassa aumentará a eficiência da fábrica, ampliando a estabilidade da unidade e resultando em ganhos ambientais à operação. O equipamento, cujo início de operação está previsto para o quarto trimestre de 2025, utiliza biomassa para a produção de vapor, que por sua vez é usado no processo de celulose e na geração de energia.
Os projetos foram apresentados durante o Suzano Investor Day realizado no dia 27 de outubro. Na mesma oportunidade, a companhia detalhou o resultado do terceiro trimestre, que foi beneficiado por nova queda do custo caixa de produção para R$ 861 por tonelada, em meio a um período ainda marcado pelos menores preços da celulose no mercado global. Diante desse cenário, a Suzano reportou EBITDA ajustado de R$ 3,7 bilhões e geração de caixa operacional de R$ 1,9 bilhão. A comercialização de celulose totalizou 2,5 milhões de toneladas e as vendas de papéis atingiram 331 mil toneladas. A receita líquida do período somou R$ 8,9 bilhões e, na última linha do balanço, a companhia registrou resultado líquido negativo de R$ 729 milhões, em decorrência do efeito da desvalorização cambial ocorrida no trimestre que impactou a parcela da dívida em dólar e derivativos.
Entre janeiro e setembro, a Suzano investiu R$ 14,4 bilhões, dos quais R$ 6,3 bilhões destinados à construção de uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo (MS). Conhecido como Projeto Cerrado, ele entrará em operação até junho de 2024, ano do centenário da Suzano.