Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi preso pela Polícia Federal durante a manhã desta quarta-feira (9) na operação que investiga a possibilidade de interferência no segundo turno das eleições presidenciais no ano passado.
Ele foi detido em sua residência em Florianópolis, em Santa Catarina, e está sendo conduzido para sede do órgão em Brasília.
Silvinei comandava o órgão na época em que Jair Bolsonaro era presidente do país. Segundo divulgado em nota pela Polícia Federal, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro.
Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.
A o operação cumpre nesta quarta pelo menos 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva - de Silvinei, que foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.