Conhecido como “Gordo” ou “Gordinho” , em 2019 Sidney dos Santos Leite, 55 anos, completa 30 anos em Água Clara. Oriundo de Dracena (SP), sua cidade natal, chegou aqui na gestão do prefeito Cândido Ottoni, em 1989. Desde então, tem atuado no ramo de fotografia, profissão exercida por outros cinco irmãos seus. Se bem que, para complementar a renda, às vezes faz alguns bicos, como de churrasqueiro, por exemplo. Falando em gastronomia, era um dos cozinheiros oficiais da Tradicional Festa de 1º de Maio, realizada por Geraldo Herance. Em Dracena, foi cobrador de ônibus, por vários anos.
Nessas três décadas que está em Água Clara, fotografou para todos os prefeitos. O que mais lhe deu serviço, porém, diz ter sido Ésio de Matos, que o chamava para registrar tudo: festa de aniversário da cidade, incluindo desfile; inaugurações e lançamentos de obras, reuniões e obra em execução, entre outros. Questionado se ganhou muito dinheiro, crava: “a gente ganha, mas gasta também”.
Ao comentar sobre a arte de fotografar, lamenta que perdeu muito serviço a partir do advento da câmara digital e que o negócio piorou a partir de quando o celular também passou a contar com opção de câmera. No auge da profissão, fotografou centenas de eventos, entre os quais, casamentos e batizados (igrejas católica e evangélica), além do fato de que as pessoas compareciam ao foto, muitas delas crianças, para serem fotografadas, normalmente, para postais no tamanho 10 x 15. Nessa época, as fotos demoravam cerca de 15 dias para ficar pronta. Levou também muito calote nesta época. Inclusive, diz que ainda se encontra em sua casa – onde atualmente funciona o foto – mais de duas mil fotos de pessoas que não compareceram para busca-las. “Estão todas guardadinhas aqui”, informa.
Os retratos no tamanho 3x4, para documentos, também eram outro filão, que ainda sobrevive até hoje. Se bem que com menos procura. Antes, segundo ele, a 3x4 chegava a demorar uma semana para ficar pronta. “Hoje, em três minutos tá na mão”, garante.
Embora tenha diminuído os serviços, o “Gordinho” - apelido que ele próprio adotou, sem nenhum trauma - ainda é chamado para fotografar casamentos e aniversários. Mas já avisa que só faz 13x18. Do contrário, diz que não compensa.
Hoje tem uma moderna câmara digital, mas diz que o seu equipamento analógico está todo guardado como, por exemplo, uma Pentax com a qual trabalhou por vários anos. Em parceria com um irmão de Dracena, ainda faz fotos de alunos, na escola do município e depois vende para aqueles que se interessam.