Na segunda-feira (7), por ocasião de evento sobre Rota Bioceânica e Ferrovias realizado em Água Clara, o Fatos Regionais conversou com Odilon Trindade, sócio proprietário da Ferro Guarani, projeto de uma ferrovia internacional Brasil, Paraguai, Argentina Chile, com transporte de cargas e de passageiros. Com isto, voltará a circular por Água Clara não apenar trem de carga, mas também de passageiros.
“Não faz e não sai da moita”
De acordo com Odilon, a Ferrovia Rumo - concessionária da malha oeste (Corumbá a Bauru) - é quem está emperrando o início da implantação de tal projeto. Há muitos a Rumo está sem contrato para operar na região, e também não tem interesse nisso, devido aos investimentos que são necessários fazer no trecho. Ou seja, ela não faz, mas também não sai da moita, como diz o ditado. Vale enfatizar que a Rumo opera muito bem em São Paulo, bem como no trecho entre Aparecida do Tabuado (MS) e Rondonópolis (MT).
Proposta
A solução, segundo Odilon, seria a empresa entregar a concessão, o que A Rumo propõe fazer caso o governo perdoe a dívida milionária que tem com a União. Uma vez a Rumo desistindo da concessão, o governo relicita o trecho para que uma nova empresa possa trabalhar com carga e passageiros. A expectativa de Odilon, é que no novo governo se resolva todas estas questões.
110 anos de existência
A estação de Água Clara foi inaugurada em 31 de dezembro de 1912 e foi uma das primeiras estações a serem finalizadas no então estado de Mato Grosso. Em 1996 a ferrovia é finalmente privatizada e entregue em concessão da Novoeste. Antes de passar para o controle da Rumo, a malha pertenceu a ALL.